segunda-feira, 25 de julho de 2022

HISTÓRIA DA PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS

 A perseguição tem acompanhado a história da igreja, intercalada por períodos de tolerância que eram seguidos por novos ataques, tanto por forças de fora quanto de dentro da igreja Desde o triste dia em que Caim se levantou contra seu irmão e o matou, a perseguição tem se espalhado sobre a Terra. Do ponto de vista espiritual, os ataques são ainda anteriores aos eventos do Jardim do Éden, remontando ao tempo em que o orgulho de Satanás o fez desejar ser igual a Deus. Nos dias de hoje, a batalha histórica entre o bem e o mal continua de maneira incessante e a injustiça se acumula, muitas vezes chocando qualquer observador da perseguição ao cristianismo.¹ Há quanto tempo os cristãos são perseguidos no mundo? A perseguição, como temos visto, nunca se afastou da igreja. Certamente, para os que viveram durante as primeiras ondas de perseguição que varreram a história eclesiástica, ser perseguido parecia fazer parte normal da vida cristã. De fato, a perseguição tem acompanhado a história da igreja, mas ela vem e vai como o movimento das ondas do mar. Os períodos de “tolerância” foram conseguidos a duras penas, seguidos inevitavelmente por novos ataques, tanto por forças de fora da igreja ou, tragicamente, de dentro dela própria. Nós, no Ocidente, no início do terceiro milênio, temos desfrutado de um longo período de liberdade religiosa. A história, no entanto, nos ensina que não há garantia de que essa liberdade continue. Por que os cristãos eram perseguidos no Império Romano? Os primeiros dias de sofrimento foram esporádicos e localizados, mas, depois do incêndio de Roma no ano 64 d.C., o imperador Nero fez dos cristãos o bode expiatório para a tragédia, e a opressão se espalhou. Aqueles que professavam o cristianismo eram torturados e queimados. Era o começo da perseguição por todo o Império, que acabou por alcançar a igreja em todos os cantos. Como consequência da perseguição, grande parte do Novo Testamento foi escrito na prisão. No século 2, o autor anônimo da Carta a Diogneto² mostrava a perseguição como parte integral da experiência cristã. Ele escreveu, referindo-se aos cristãos, que eles “amam a todos, mas são perseguidos por todos. São desconhecidos e condenados, recebem a pena de morte e ganham a vida”. Pintura de Cristo em frente a pilatos de Mihály Munkácsy, de 1881 A igreja primitiva teve um rápido crescimento e sofreu repetidos períodos de perseguição. “Se o rio Tigre chega às paredes, se o rio Nilo não cobre os campos, se o céu não se move ou se a terra o faz, se há fome, se há praga, o brado é rápido: ‘Os cristãos aos leões!’”, escreveu Tertuliano³ a respeito dos cristãos, pois eram apontados como culpados por tudo o que acontecia de errado no Império Romano. Em 250 d.C., durante a mais violenta perseguição que a igreja já enfrentara, o imperador determinou que todos os cidadãos fizessem sacrifícios aos deuses romanos. Eram entregues certificados aos que obedeciam; os que não o faziam, eram presos ou executados. Em 303 d.C., o imperador romano Diocleciano ordenou a destruição de todas as igrejas, o confisco dos livros cristãos, a demissão de todos os cristãos do exército e do governo e a prisão do clero. Durante esse mesmo período, Eusébio relatou casos de muitas cidades cristãs que foram arrasadas na Ásia Menor. Essa é considerada a última e “Grande Perseguição”, talvez a mais sangrenta aos cristãos no Império Romano. Quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano? Finalmente, a liberdade foi obtida pelo derramamento do sangue dos mártires. Constantino adotou o cristianismo como religião oficial no ano de 313 d.C. Uma paz incerta reinou no período que se seguiu. Durante quase 200 anos, a ordem do dia era constituída de certa tolerância, pelo menos dentro das fronteiras da “civilização”. Os fiéis missionários que se atreveram a levar o evangelho às tribos bárbaras fora do mundo “civilizado” – isto é, fora do Império Romano –, os principais povos germânicos, como os hunos, vândalos, visigodos, ostrogodos, francos, lombardos e anglo-saxões, continuaram a enfrentar perseguições. Quais foram os outros povos que perseguiram os cristãos após a queda do Império Romano? Quando os cristãos começaram a ser perseguidos pelos muçulmanos? Quando a perseguição aos cristãos passou acontecer dentro da igreja? Qual o impacto da Reforma Protestante na questão de perseguição aos cristãos? Quando os cristãos passaram a enfrentar menor perseguição na Europa? Quando iniciou a perseguição da União Soviética aos cristãos? Como começou a perseguição aos cristãos na China? Como o nazismo perseguiu os cristãos? Como surgiu a perseguição aos cristãos na Coreia do Norte? Qual o impacto da pandemia de COVID-19 na perseguição aos cristãos? Por que o extremismo religioso é considerado um dos maiores inimigos dos cristãos hoje? 1 Resistência cristã, de Johan Companjen, São Paulo, Missão Portas Abertas, 2002. ² A Carta de Diogneto foi escrita por volta do ano 120 d.C. Trata-se do testemunho escrito por um cristão anônimo respondendo à indagação de Diogneto, pagão culto, desejoso de saber mais sobre a nova religião que se espalhava com tanta rapidez pelas províncias do Império Romano. Esse texto é considerado a “joia da literatura cristã primitiva”. Fonte:www.direitoshumanos.usp.br. Acesso em: 12 dez. 2016 [N.E.]. ³ Tertuliano de Cartago nasceu por volta do ano 150 d.C. e é considerado um dos pais da igreja. Fonte:http://www.icp.com.br/51materia2.asp. Acesso em: 12 dez. 2016 [N.E.]. 4Os valdenses são uma denominação cristã que teve sua origem por volta de 1170 [N.E.]. 5Esses cristãos foram chamados de “puritanos” porque defendiam que a Igreja Anglicana, na Inglaterra, excluísse totalmente práticas do catolicismo de seus cultos, ou seja, que fosse purificada [N.E.]. 6“Huguenotes” era o nome dado aos protestantes franceses durante as guerras religiosas na França (segunda metade do século 16) [N.E.]. SOBRE NÓS Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus. 
Fonte: Portas Abertas.

terça-feira, 28 de junho de 2022

Filme eu posso imaginar


 

Colômbia tem novo presidente eleito



No dia 19 de junho, aconteceu o segundo turno das eleições na Colômbia. Segundo o site de notícias CNN, Gustavo Petro foi eleito com 50,4% dos votos. A eleição foi histórica e acirrada, pois os dois candidatos apresentavam propostas e histórico político diversos. 


Parceiras locais da Portas Abertas na Colômbia comentaram como foi a eleição para os cristãos no país que ocupa o 30º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022. Cristãos contaram a uma delas na véspera da eleição: “Eu tenho medo de votar. As ameaças são terríveis e isso nos assustou”. A eleição foi um período tenso para eles, com muitas preocupações e pressão.  


Jejum e oração foi o caminho que os cristãos escolheram para enfrentar a situação. Intercederam pelos filhos e pediram proteção a Deus. Até as crianças pediam ao Senhor misericórdia pelo país. No dia da votação, domingo, muitos cristãos não votaram por medo e aguardaram apreensivos o resultado em casa. 


O culto foi suspenso porque a igreja local foi intensamente ameaçada no dia das eleições. “Não sabíamos o que ia acontecer, se teria violência ou comemoração”, relatou Laura (pseudônimo), parceira da Portas Abertas em Santander, estado colombiano. Ela orientou sua igreja local a se reunir em casa com as famílias para evitar ataques.  


Enquanto Laura e sua família faziam o devocional, foram interrompidos pelo alvoraço da multidão comemorando o resultado das eleições. “Não conseguimos sair para a rua porque tinha muita desordem. Pessoas bebendo, pessoas de moto, de carro, correndo”.  

 

Cristãos indígenas 

 

O Abrigo Lar Cristão, mantido pela Portas Abertas, também relatou as dificuldades de cristãos indígenas. Pouco antes das eleições, a equipe visitou as congregações nos estados colombianos de Cauca e Huila, no Sudoeste da Colômbia. Lá, testemunharam algo que não acontecia há cinco anos na região: líderes tradicionais castigando fisicamente membros da comunidade cristã. 

 
Os líderes das comunidades indígenas não aceitam as conversões ao cristianismo, pois acreditam que isso significa o abandono das tradições culturais. Cristãos indígenas temem que o novo governo apoiado pelos líderes tradicionais das comunidades torne ainda mais difícil a situação deles e coloque em risco direitos básicos, como liberdade de crença e até a própria vida. 

 
O medo e a incerteza do que está por vir para a igreja na Colômbia permanecem. É um momento histórico. A parceira afirma que “como igreja, temos que demonstrar os fundamentos de nossa fé em meio não apenas de um país dividido, mas também de uma congregação lamentavelmente polarizada. Enfrentamos um momento em que a fé de muitos de nós será testada e, no final, como aconteceu na pandemia, acabaremos concluindo que isso também faz parte do plano de Deus que foi revelado e que nossa responsabilidade permanecerá a mesma: proclamar que Jesus Cristo é nosso Senhor e Salvador”. 

 
Os irmãos colombianos disseram em gratidão aos parceiros de oração da Portas Abertas: “Muito obrigado, Deus os abençoe e guarde. A igreja na Colômbia saúda os irmãos em Cristo. Obrigada por suas orações”. 

 

Pedidos de oração 

  • Peça ao Senhor que proteja os cristãos na Colômbia e os ajude a ser luz em meio aos conflitos armados. 
  • Interceda pelas autoridades colombianas para que não prejudiquem as pessoas por causa da fé em Jesus e tomem boas decisões. 
  • Ore pelos cristãos em comunidades indígenas. Que o Espírito Santo os conduza nas palavras e ações quando eles forem pressionados.

 

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