A Bíblia mostra que Deus se importa e cuida das crianças. Devemos voltar nossos olhos para elas também
Comemoramos hoje o Dia das Crianças. Para Jesus, elas são um modelo de dependência de Deus e de um coração aberto para a fé; e isso alegra o Senhor. Sabemos que ele cuida e protege as crianças, inclusive aquelas que são atingidas diretamente pela perseguição aos cristãos.
Neste mês, a construção de um futuro melhor para as crianças de comunidades cristãs do Iraque e da Síria são o foco da revista Portas Abertas. Muitas delas foram afetadas com os ataques de extremistas e precisaram fugir com a família para um lugar mais seguro. É certo dizer que, além de tratar os traumas, é preciso dar esperança a elas.
Assista ao vídeo abaixo e conheça a história de Noeh, menino de 12 anos que está retornando à casa depois de três anos vivendo como refugiado.
Por meio de parceiros comprometidos como você, é possível dar uma nova perspectiva de vida a crianças cristãs como Noeh. Se você deseja ajudá-los a recomeçarem suas vidas no Iraque e na Síria, conheça o projeto da Portas Abertas na região e contribua para fortalecer e formar essa parcela do corpo de Cristo que anseia por um futuro melhor.
sábado, 14 de outubro de 2017
Pastor americano está preso há um ano na Turquia
O presidente Erdoğan admite motivos políticos para a prisão, pois não há provas contra o pastor
O pastor americano Andrew Brunson está há um ano preso na Turquia. As acusações contra ele não são claras, mas recentemente o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, confirmou publicamente que ele está sendo mantido refém como preso político. Em seu primeiro ano de prisão, Brunson escreveu uma canção de adoração.
Brunson é um dos 50 mil suspeitos (entre jornalistas, acadêmicos, ativistas e outros) presos numa política de repressão adotada pelo governo nos últimos 15 meses. A medida é uma tentativa de identificar e punir a autodenominada Organização de Terror Fethullah (FETO, sigla em inglês) que o governo acusa de ter se infiltrado nas forças armadas e no governo do país, com o objetivo de realizar um golpe. Com isso, Erdoğan espera que os Estados Unidos extraditem o líder muçulmano exilado, Fethullah Gullen, que é acusado de orquestrar a tentativa de golpe.
Brunson vive na Turquia há 23 anos, onde trabalhava em ministérios relacionados à igreja. Recentemente, uma delegação da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos (USCIRF, sigla em inglês) o visitou na prisão e reportou que Brunson está confinado em uma cela 24 horas por dia e já perdeu mais de 22 quilos desde que foi preso.
O que as autoridades americanas pensam sobre o caso
Após a visita, a vice-presidente da USCIRF, Kristina Arriaga, disse: “O governo da Turquia fabricou acusações contra o pastor Brunson, supostamente baseadas em um ‘testemunho secreto’. Ele deveria ser libertado imediatamente”. Arriaga também reportou que Brunson agradeceu a todos que estão orando por ele. “Saber que não fui esquecido é muito importante para mim”, disse.
O senador americano James Lankford escreveu: “Se é assim que a Turquia trata um americano como Brunson, outros americanos deveriam hesitar em levar seus negócios à Turquia. Não vale a pena correr o risco. O Congresso concedeu ao poder executivo a autoridade de sanções contra oficiais do governo responsáveis por violações dos direitos humanos, principalmente liberdade religiosa. Está na hora de o governo dos Estados Unidos usar essa autoridade para assegurar a libertação de americanos presos injustamente em todo o mundo, incluindo Brunson”.
A história do cristão perseguido Vang Atu*, do Vietnã
Mesmo com casa destruída e sendo expulso de sua tribo, seu desejo é evangelizar e mostrar o amor de Cristo
Vang Atu foi o primeiro cristão convertido em seu vilarejo. Ele pertence à tribo Hmong, tem 28 anos, é casado e pai de dois filhos. Antes, ele adorava vários espíritos, pedindo sorte, riqueza, saúde, comida etc. Mas quando entregou sua vida a Jesus, ele abandonou totalmente as crenças animistas. Vang Atu começou a evangelizar e ganhou pelo menos quatro famílias de seu vilarejo para Jesus. A casa dele se tornou local de adoração e comunhão.
Em abril de 2016, um novo convertido, Thao Apao* e seu filho foram à casa de Vang Atu para uma reunião de oração de manhã. Logo após a reunião, Thao Apao foi renegado por seu irmão e perseguido pela comunidade por acreditar em Jesus. Eles bateram nele e o expulsaram da comunidade e depois, sob o comando do irmão de Thao Apao, também atacaram Vang Atu.
Foi nesse mesmo dia, por volta da hora do almoço, que a casa de Vang Atu foi destruída por pessoas da comunidade e autoridades. O objetivo do ataque não era apenas envergonhar a ele e sua família, mas também mostrar aos outros moradores do vilarejo que o mesmo aconteceria com aqueles que decidissem seguir a Jesus.
Nosso irmão diz que no começo sentiu raiva e que o governo estava sendo injusto, mas depois percebeu que não deveria buscar vingança. “Eu percebi que, como filho de Deus, eu não deveria revidar, para que um dia eu pudesse testemunhar ao meu irmão a bondade de Deus em minha vida”, diz sobre a ocasião em que seu irmão quebrou seu braço com um taco.
Forçados a mudar para outra província por causa da perseguição
Na verdade, assim que recebeu a ordem de despejo para sair imediatamente do vilarejo, Vang Atu não pôde cumprir por falta de finanças. Ele possui uma propriedade e algum gado, mas não conseguia vendê-los. Ele explica: “Eu acredito que é porque eu sou cristão. Porque sei de alguém não-cristão que também vendeu sua propriedade para se mudar para outro vilarejo e tudo foi permitido. Depois, o governo me disse que tomaria minha terra e meus animais por eu acreditar em Jesus. Mas Deus proverá para nós”.
Algumas semanas depois do incidente, levando nada além de fé, Vang Atu e Thao Apao pegaram suas famílias e foram em direção ao centro do país, onde ouviram que havia cristãos que poderiam ajudá-los. Lá encontraram o Pastor Trang*, que os recebeu em sua casa. Quando participou do curso Permanecendo Firme Através da Tempestade (PFAT), da Portas Abertas, em maio desse ano, o Pastor Trang compartilhou sobre a situação desses dois irmãos na fé. Em julho, a Portas Abertas providenciou uma casa para eles no vilarejo. Vang Atu expressa sua gratidão: “Eu agradeço a Deus e a todos vocês por arranjarem uma casa para mim e minha família. Agora tenho um lugar para onde posso ir quando estou cansado, e encontrar segurança e descanso”.
Ele mantém o desejo de voltar à sua tribo para compartilhar o evangelho e conta com nossas orações por seu crescimento espiritual. “Ore para que eu nunca deixe de seguir a Jesus, até encontrá-lo no céu”, é o seu pedido. Como é bom saber que no Brasil há centenas de grupos que são liderados por dirigentes de oração que são pessoas de fé. Assim como Vang Atu, pessoas que creem no poder da oração.
*Nomes alterados por motivo de segurança.
Vang Atu foi o primeiro cristão convertido em seu vilarejo. Ele pertence à tribo Hmong, tem 28 anos, é casado e pai de dois filhos. Antes, ele adorava vários espíritos, pedindo sorte, riqueza, saúde, comida etc. Mas quando entregou sua vida a Jesus, ele abandonou totalmente as crenças animistas. Vang Atu começou a evangelizar e ganhou pelo menos quatro famílias de seu vilarejo para Jesus. A casa dele se tornou local de adoração e comunhão.
Em abril de 2016, um novo convertido, Thao Apao* e seu filho foram à casa de Vang Atu para uma reunião de oração de manhã. Logo após a reunião, Thao Apao foi renegado por seu irmão e perseguido pela comunidade por acreditar em Jesus. Eles bateram nele e o expulsaram da comunidade e depois, sob o comando do irmão de Thao Apao, também atacaram Vang Atu.
Foi nesse mesmo dia, por volta da hora do almoço, que a casa de Vang Atu foi destruída por pessoas da comunidade e autoridades. O objetivo do ataque não era apenas envergonhar a ele e sua família, mas também mostrar aos outros moradores do vilarejo que o mesmo aconteceria com aqueles que decidissem seguir a Jesus.
Nosso irmão diz que no começo sentiu raiva e que o governo estava sendo injusto, mas depois percebeu que não deveria buscar vingança. “Eu percebi que, como filho de Deus, eu não deveria revidar, para que um dia eu pudesse testemunhar ao meu irmão a bondade de Deus em minha vida”, diz sobre a ocasião em que seu irmão quebrou seu braço com um taco.
Forçados a mudar para outra província por causa da perseguição
Na verdade, assim que recebeu a ordem de despejo para sair imediatamente do vilarejo, Vang Atu não pôde cumprir por falta de finanças. Ele possui uma propriedade e algum gado, mas não conseguia vendê-los. Ele explica: “Eu acredito que é porque eu sou cristão. Porque sei de alguém não-cristão que também vendeu sua propriedade para se mudar para outro vilarejo e tudo foi permitido. Depois, o governo me disse que tomaria minha terra e meus animais por eu acreditar em Jesus. Mas Deus proverá para nós”.
Algumas semanas depois do incidente, levando nada além de fé, Vang Atu e Thao Apao pegaram suas famílias e foram em direção ao centro do país, onde ouviram que havia cristãos que poderiam ajudá-los. Lá encontraram o Pastor Trang*, que os recebeu em sua casa. Quando participou do curso Permanecendo Firme Através da Tempestade (PFAT), da Portas Abertas, em maio desse ano, o Pastor Trang compartilhou sobre a situação desses dois irmãos na fé. Em julho, a Portas Abertas providenciou uma casa para eles no vilarejo. Vang Atu expressa sua gratidão: “Eu agradeço a Deus e a todos vocês por arranjarem uma casa para mim e minha família. Agora tenho um lugar para onde posso ir quando estou cansado, e encontrar segurança e descanso”.
Ele mantém o desejo de voltar à sua tribo para compartilhar o evangelho e conta com nossas orações por seu crescimento espiritual. “Ore para que eu nunca deixe de seguir a Jesus, até encontrá-lo no céu”, é o seu pedido. Como é bom saber que no Brasil há centenas de grupos que são liderados por dirigentes de oração que são pessoas de fé. Assim como Vang Atu, pessoas que creem no poder da oração.
*Nomes alterados por motivo de segurança.
domingo, 8 de outubro de 2017
ONGs muçulmanas acusam cristã de proselitismo
Quinze organizações não-governamentais (ONGs) fizeram uma denúncia contra a oradora da Assembleia Estadual de Selangor, Hannah Yeoh, por tentar pregar o cristianismo através de sua autobiografia. O livro, intitulado “Tornando-se Hannah – uma jornada pessoal” (livre tradução), é vendido nas livrarias de todo o país desde 2014.
“Ela chama os cristãos a edificar o Reino de Deus. O que ela quer dizer com isso? A que Deus ela se refere? Acreditamos que isso seja uma tentativa de espalhar as crenças cristãs. As autoridades têm que fazer alguma coisa”, afirma o presidente de uma das ONGs muçulmanas, Mohamed Hafiz Mohamed Nordin.
Em resposta, Hannah Yeoh disse: “O Reino de Deus é mencionado muitas vezes na Bíblia, e diz respeito à justiça de Deus governando nosso coração e mente. Ele diz para amá-lo e amar o nosso próximo como a nós mesmos, para rejeitar corrupção, andar em humildade, fazer justiça e cuidar dos órfãos e das viúvas. Isso, meu amigo, é o Reino de Deus”.
Outros episódios e reações da comunidade
Isso surge entre outros episódios de intolerância religiosa, que têm se tornado mais e mais frequentes no país. Outro caso aconteceu num condomínio de maioria muçulmana, onde muçulmanos insistiram que todos os moradores deveriam observar o código de vestimenta islâmico. Houve também um post no Facebook que mostrava uma placa numa lavanderia self-service. A placa dizia: “Esta loja só aceita clientes muçulmanos por motivos de santidade”.
Tudo isso resulta numa comunidade dividida, colocando um grupo contra o outro. Até mesmo alguns cristãos estão condenando o outro lado. Ore pelos pastores e líderes cristãos, para que enfatizem o ensinamento de Jesus sobre amar e orar pelos inimigos. Embora seja um tópico difícil de ser pregado, é muito necessário diante da atual situação.
Uma atitude admirável foi a do líder muçulmano do estado de Johor, onde fica a lavanderia mencionada. Ele mostrou uma posição muito firme contra o dono da lavanderia e lhe ordenou que se desculpasse por sua política discriminatória. Louve a Deus por esse sultão e ore para que outros líderes muçulmanos façam como ele e se levantem contra toda intolerância religiosa.
Cristão é proibido de trabalhar em sua fazenda
Sem explicações, autoridades do Quirguistão proíbem a atividade da única fonte de renda de um pastor
O pastor quirguiz Kimil* mora em uma pequena cidade do Quirguistão, onde vivem também muitas pessoas do Uzbequistão. Durante vários anos, o ex-muçulmano Kimil, sua esposa e os quatro filhos tinham seu próprio negócio, uma pequena fazenda de frangos. Ele também é pastor de uma igreja cristã local.
Além dessas atividades, o pastor dedicava-se a pregar o evangelho entre os muçulmanos uzbeques e quirguizes em sua cidade. As autoridades muçulmanas locais não gostaram dessa atitude, já que muitos muçulmanos decidiram seguir a Cristo por meio das pregações de Kimil. Por muitas vezes, tentaram prendê-lo, acabar com seu negócio e expulsá-lo da cidade.
Em 2017, o governo do país realizou diversas vistorias no país, e inspecionaram a fazenda de Kimil. Apesar de ter montado seu negócio de acordo com as leis e códigos do Estado, a fazenda recebeu muitas multas. Kimil as pagou e continuou trabalhando, mas neste mês autoridades proibiram a fazenda de funcionar, sem dar explicações. A criação de galinhas era a única fonte de renda da família. Hoje, a família vive um dilema: ficar e lutar ou deixar o ministério e ir para uma cidade grande a fim de sobreviver.
*Nome alterado por motivo de segurança.
Pedidos de oração
· Ore pelo pastor Kimil e sua família, peça pela proteção de Deus sobre eles.
· Interceda pela oportunidade de continuar o negócio e para que esta proibição seja desfeita.
· Coloque em oração as autoridades muçulmanas locais, para que conheçam a Jesus Cristo por meio da vida íntegra de Kimil.
Cristãos presos no Irã apelam à justiça hoje
Quatro iranianos convertidos ao cristianismo terão hoje uma audiência de recurso junto à 36º sessão do Tribunal Revolucionário em Teerã
Os homens são Yousef Nadarkhani, Mohammadreza Omidi, Yasser Mossayebzadeh e Saheb Fadaie. O advogado deles recorre contra a sentença de dez anos de prisão que os quatro cristãos receberam por implementar igrejas em casas e promover o “sionismo cristão”. O veredito foi dado no dia 24 de junho, mas recebido apenas no dia 6 de julho.
Yousef e Mohammadreza também foram sentenciados a dois anos de exílio; Yousef na cidade de Nik Shahr e Mohammadreza em Borazjan, ambas localizadas no sul do país, longe de suas famílias, que vivem em Rasht.
A história do pastor Yousef Nadarkhani começou em 2006, quando foi acusado de apostasia. Ele evangelizava os muçulmanos e, desde então, passou a ser perseguido pela justiça do país. Na ocasião, os juízes pediram para que ele se “arrependesse” diante do tribunal, mas Nadarkhani respondeu: “Arrependimento significa voltar atrás, e eu voltaria para quê? Para a blasfêmia que eu vivia antes de conhecer a Cristo?”. Os juízes retrucaram: “Você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao islamismo”. Então ele decidiu: “Eu não posso fazer isso”. E desde então, a perseguição continua.
Em um caso separado, Yasser, Saheb e Mohammadreza também são acusados de consumo de álcool por participarem da ceia do Senhor no dia 13 de maio de 2016, quando foram presos. Em 10 de setembro de 2016, eles foram condenados a 80 chibatadas cada. O recurso contra essa sentença continua pendente.
A prática da injustiça
Mansour Borji, do grupo de direitos humanos Artigo 18, diz que o aumento de sentenças em um período de tempo tão curto - nos casos que aconteceram há semanas, meses e, em alguns casos, anos - mostra o “medo” das autoridades iranianas em ver o crescimento do cristianismo no país.
Ele acrescentou que é preocupante o fato de, apesar da reeleição do “moderado” presidente Hassan Rouhani e seu governo, “ainda vemos o mesmo tratamento dado aos cristãos: intolerância e sentença sem precedentes sobre acusações infundadas”, complementa.
Pedidos de oração
Ore para que o pedido contra o veredito seja bem-sucedido, e que os quatro cristãos sejam absolvidos.
Clame para que a sentença das 80 chibatadas também seja anulada.
Interceda para que as autoridades e juízes parem de intimidar cristãos convertidos ao cristianismo e passem a respeitar os direitos de liberdade de religião de todos no Irã.
Ore para que o próprio Deus se revele a todas as autoridades envolvidas no caso, e que eles venham a conhecer e a amar Jesus.
Os homens são Yousef Nadarkhani, Mohammadreza Omidi, Yasser Mossayebzadeh e Saheb Fadaie. O advogado deles recorre contra a sentença de dez anos de prisão que os quatro cristãos receberam por implementar igrejas em casas e promover o “sionismo cristão”. O veredito foi dado no dia 24 de junho, mas recebido apenas no dia 6 de julho.
Yousef e Mohammadreza também foram sentenciados a dois anos de exílio; Yousef na cidade de Nik Shahr e Mohammadreza em Borazjan, ambas localizadas no sul do país, longe de suas famílias, que vivem em Rasht.
A história do pastor Yousef Nadarkhani começou em 2006, quando foi acusado de apostasia. Ele evangelizava os muçulmanos e, desde então, passou a ser perseguido pela justiça do país. Na ocasião, os juízes pediram para que ele se “arrependesse” diante do tribunal, mas Nadarkhani respondeu: “Arrependimento significa voltar atrás, e eu voltaria para quê? Para a blasfêmia que eu vivia antes de conhecer a Cristo?”. Os juízes retrucaram: “Você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao islamismo”. Então ele decidiu: “Eu não posso fazer isso”. E desde então, a perseguição continua.
Em um caso separado, Yasser, Saheb e Mohammadreza também são acusados de consumo de álcool por participarem da ceia do Senhor no dia 13 de maio de 2016, quando foram presos. Em 10 de setembro de 2016, eles foram condenados a 80 chibatadas cada. O recurso contra essa sentença continua pendente.
A prática da injustiça
Mansour Borji, do grupo de direitos humanos Artigo 18, diz que o aumento de sentenças em um período de tempo tão curto - nos casos que aconteceram há semanas, meses e, em alguns casos, anos - mostra o “medo” das autoridades iranianas em ver o crescimento do cristianismo no país.
Ele acrescentou que é preocupante o fato de, apesar da reeleição do “moderado” presidente Hassan Rouhani e seu governo, “ainda vemos o mesmo tratamento dado aos cristãos: intolerância e sentença sem precedentes sobre acusações infundadas”, complementa.
Pedidos de oração
Ore para que o pedido contra o veredito seja bem-sucedido, e que os quatro cristãos sejam absolvidos.
Clame para que a sentença das 80 chibatadas também seja anulada.
Interceda para que as autoridades e juízes parem de intimidar cristãos convertidos ao cristianismo e passem a respeitar os direitos de liberdade de religião de todos no Irã.
Ore para que o próprio Deus se revele a todas as autoridades envolvidas no caso, e que eles venham a conhecer e a amar Jesus.
Equipe leva ajuda aos refugiados rohingya em Bangladesh
Nas últimas semanas, pelo menos 430 mil rohingya fugiram de Mianmar para Bangladesh. Cerca de 60% dos refugiados são crianças e 80% apresenta febre e doenças transmitidas pela água. Eles enfrentam grande necessidade de comida e medicamentos. Alguns estão vivendo às margens das estradas enquanto outros fizeram barracas improvisadas, que mal os abrigam das chuvas e tempestades.
Uma equipe da Portas Abertas foi até eles para levar ajuda. Um dos nossos parceiros reporta: “Quando estávamos lá, choveu muito e muitas áreas ficaram inundadas com mais de meio metro de água. Foi difícil levar o material até o acampamento, porque estava muito cheio de lama”. Eles enfrentaram alguns problemas com as autoridades, mas tudo foi resolvido amigavelmente. Puderam, então, distribuir arroz, lentilha, sal, óleo, batata, roupas e plástico (para servir de cobertura para as barracas).
Mil famílias foram atendidas. Entre elas estava Johura Khatun, que chorava alto, pedindo comida. Depois de receber as provisões, ela disse: “Eu não sei quantos dias vamos sobreviver desse jeito, mas sua ajuda significou muito”. Outro refugiado, chamado Yunus, também agradeceu: “Muito obrigado por sua ajuda. Eu estava muito angustiado por não ter comida para alimentar meus filhos. Que Allah os abençoe”.
Os rohingya são uma minoria muçulmana e considerados um dos povos mais perseguidos em todo o mundo, segundo as Nações Unidas. A perseguição é orquestrada pelo extremismo budista.
Motivos de oração:
Agradeça a Deus por sua direção e proteção sobre a equipe na distribuição das provisões.
Ore para que o governo providencie um lugar apropriado para os refugiados, de modo que eles não precisem ficar espalhados por todo o país, vivendo sob péssimas condições.
Peça que Deus levante mais organizações humanitárias para levar ajuda, porque o número de refugiados é muito grande.
Interceda para que a ONU e nações poderosas negociem um acordo com todas as partes envolvidas para pôr um fim nesta crise.
Cristã venezuelana é ameaçada e foge com a família
“Eles me chamam de ‘a evangélica’ e desdenham de mim porque sou cristã. Dizem que nós, cristãos, somos enganadores e mentirosos”, desabafa Anabel*, professora em uma escola pública na Venezuela. Em sua caminhada como cristã, ela nunca antes havia experimentado abusos verbais como esses. Porém, nos últimos anos, ela e alguns de seus colegas foram assediados e ameaçados pelas autoridades escolares, por outros professores que apoiam abertamente o governo de Nicolás Maduro e por grupos armados ligados a células de guerrilha e paramilitares na Colômbia.
Nos últimos meses, as ameaças e intimidações contra ela e alguns de seus colegas aumentaram. “Pediram ao diretor da escola e à autoridade educacional regional que nos expulsassem em até 15 dias, acrescentando que, se isso não fosse feito, eles matariam todo mundo", explicou Anabel. "Isso foi em junho deste ano. O prazo já passou e vivemos com medo do que pode acontecer conosco e com nossas famílias”, acrescenta a cristã.
Segundo Anabel, há pessoas rondando sua casa com armas e uma atitude ameaçadora. “Eu precisei sair de lá. Mudei com meus filhos para a casa de meus pais, em busca de um lugar mais seguro. Eu tive que abandonar tudo, só tive tempo de levar alguns pertences pessoais comigo”, desabafa.
Pedidos de oração
· Ore pela vida de Anabel e de sua família. Peça a proteção e provisão do Senhor sobre eles.
· Interceda pela Venezuela e clame por liberdade a todos, independentemente da visão política de cada um.
· Coloque em oração o governo venezuelano, para que a sabedoria de Deus chegue até eles.
*Nome alterado por motivos de segurança.
ONU determina fim da pena de morte por blasfêmia
O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução que determina a abolição da pena de morte por apostasia e blasfêmia. A resolução foi aprovada por 27 votos a 13, com 7 abstenções. O objetivo da resolução é “assegurar que a pena de morte não seja imposta como uma sanção por formas específicas de conduta, como apostasia, blasfêmia, adultério e relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo com mútuo consentimento”. Os Estados Unidos votaram contra a resolução. Uma das abstenções veio da Indonésia, país que adota a pena de morte. A Indonésia é desafiada a aceitar 225 recomendações da ONU, 58 das quais tratam de abolição da pena de morte, lidar com a violação dos direitos humanos e pôr fim a acusações sob a lei de blasfêmia. O país diz que tomou nota de tais recomendações, mas que elas não estão entre as prioridades na agenda de direitos humanos da Indonésia. Embora blasfêmia não seja punida com morte na Indonésia, pode levar à prisão, como mostrado no caso do ex-governador de Jacarta. Basuki Tjahaja Purnama (mais conhecido como “Ahok”) era um cristão, e em abril foi condenado a dois anos de prisão. As minorias religiosas temem que a reputação de ser um país de maioria muçulmana tolerante seja enfraquecida pela crescente influência de grupos radicais islâmicos na política.
Blasfêmia pelo mundo De acordo com a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, 71 países (mais de um terço do total) têm leis de blasfêmia que violam pelo menos um dos princípios dos direitos humanos internacionais. Dentre eles, 86% determinam a prisão para os condenados, enquanto outros, como Paquistão e Irã, determinam a pena de morte. No Paquistão, em setembro, um jovem cristão, de 24 anos, foi condenado à morte por uma mensagem de celular considerada blasfêmia. Um outro, de 16 anos, também foi acusado de blasfêmia por falar sobre sua fé em Jesus. A cristã paquistanesa Asia Bibi foi condenada por blasfêmia em 2010 e está até hoje no corredor da morte. A sudanesa Mariam Ibrahim foi libertada três anos atrás, após quase ter sido enforcada por apostasia. Amim Afshar-Naderi, um iraniano convertido ao cristianismo, ficou preso por 15 anos, dos quais 5 foram por “insultar o sagrado”.
Cristãos são perseguidos por não pagar taxas abusivas
Comunidade cristã enfrenta retaliação e agressões por não ceder à proposta de autoridades locais e pede ajuda para a Portas Abertas
Trinta e três cristãos na pequena comunidade de Yaltzi Tres Lagunas, pertencente ao município de Comitán de Domingues, no estado mexicano de Chiapas, pediram auxílio da Portas Abertas após enfrentar violência e perseguição por parte de agentes da polícia e outras autoridades locais. Em agosto passado, o grupo de cristãos foi privado de água e eletricidade em suas casas. Essa foi uma medida de retaliação solicitada pelo tesoureiro local.
Há alguns meses, ele pediu às famílias cristãs que contribuíssem com valores que não estavam em um acordo firmado entre as autoridades locais e a comunidade cristã. Os cristãos se recusaram a fazer o pagamento, argumentando que, nesse acordo assinado, o tipo de pagamento solicitado não estava incluso. As autoridades não reagiram bem, e em uma assembleia geral, os cristãos foram agredidos e atacados por uma multidão de residentes da comunidade.
O agente da polícia municipal, José Pablo Martínez Pérez, ordenou uma série de ações contra o grupo de cristãos e suas famílias. Ele definiu fianças de alto valor após prender jovens e crianças, manteve famílias sem permissão para sair e comprar mantimentos, e ameaçou a vida de alguns líderes cristãos.
O socorro da família da fé
A estratégia inicial da Portas Abertas foi garantir a integridade física dos perseguidos, ajudando-os a deixar a comunidade e se mudar para outras áreas. Essas famílias cristãs vivem agora em duas casas em Comitán de Domínguez, cidade onde fica Yaltzi Tres Lagunas. Além disso, um colaborador local com experiência em cuidados pastorais foi até os cristãos para oferecer apoio e ajuda espiritual às famílias.
Pedidos de oração
Ore pela vida dos cristãos perseguidos de Yaltzi Tres Lagunas. Que sejam confortados e supridos pelas mãos de Deus.
Interceda para que os governantes locais tenham o coração tocado por Deus e ajam com justiça.
Clame pela nação mexicana, que está em 41º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2017.
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