sábado, 11 de novembro de 2017

Cristãos fogem após serem ameaçados de morte

Cinco famílias cristãs escondem-se após ameaças feitas contra um jovem de 18 anos acusado de blasfemar contra o islamismo
Sonu Arshad, que vive na remota aldeia de Sukheki, a 200 quilômetros ao norte de Lahore, pertence a uma dessas famílias, que são os únicos cristãos da aldeia. As famílias fugiram na sexta-feira, 3 de novembro, depois que uma página em uma rede social, passando-se pelo canal de televisão local Madhani, publicou uma fotografia do adolescente e pediu aos moradores que "queimassem sua igreja e o levassem à pena de morte".


Houve rumores de que uma multidão se formou após uma reunião de oração da comunidade muçulmana. Porém, o chefe da polícia da cidade vizinha, Daska, disse à Portas Abertas que a situação está "sob controle" e que uma acusação já foi feita contra as pessoas (não identificadas) que criaram a falsa página na rede social.

"Não há provas de que Arshad tenha cometido algum crime", disse uma autoridade local. "Essa é uma falsa acusação e o caso foi encaminhado para a Agência Federal de Investigação para identificar os culpados". O canal de televisão Madhani não comentou ou respondeu ao uso de seu logo na acusação contra o adolescente. Isso significa que o caso não recebeu muita cobertura na mídia paquistanesa, para o alívio da comunidade cristã.

O conselheiro cristão local Naseer Ghulam disse que não sabe para onde as famílias foram. "Ninguém sabe a razão de terem acusado Arshad por meio dessa campanha online de difamação", acrescentou. O Paquistão, 4º colocado na atual Lista Mundial da Perseguição, tem uma das mais rigorosas leis de blasfêmia no mundo, e ela já foi usada contra minorias religiosas muitas vezes. Vários cristãos foram mortos no país após acusações de blasfêmia e outros presos, incluindo a Asia Bibi, que está no corredor da morte desde 2010.

Pedidos de Oração

Ore pelas cinco famílias cristãs que precisaram deixar o lar para buscar proteção. Que o Senhor os proteja e os console.
Interceda pela investigação do caso e para que Arshad seja considerado inocente.
Clame pelos muçulmanos extremistas da região, que sejam alcançados pelo amor de Deus em Cristo Jesus.

Estado Islâmico é expulso da última cidade na Síria


Exército sírio retoma última cidade base dos extremistas, Abu Camal
Nesta quinta-feira (9), o exército sírio declarou vitória sobre o Estado Islâmico (EI). O último reduto jihadista foi retomado. “As unidades das nossas Forças Armadas, em cooperação com as forças aliadas, libertaram a cidade de Abu Camal”, afirmou o exército do presidente sírio Bashar al-Assad, em um comunicado. A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos confirmou.“A libertação da cidade é muito importante porque sinaliza o colapso geral do projeto da organização terrorista Daesh (EI) na região”, disse o comunicado do comando-geral.

Segundo a agência Reuters, recentemente o exército sírio, ao lado do libanês Hezbollah e outras milícias xiitas, com apoio de Irã e Rússia, recuperou porções de terra do EI. A cidade de Abu Camal, no rio Eufrates, está localizada no leste sírio e faz fronteira com o Iraque. Na quarta-feira (8), durante a batalha, forças do Hezbollah entraram no Iraque e as Forças de Mobilização Popular iraquianas cruzaram para a Síria para ajudar a capturar a cidade, disse um comandante da aliança pró-Damasco.

A ex-capital do EI, Raqqa, foi retomada pelas forças sírias em outubro como resultado de quatro meses de luta. Na ocasião, analistas destacaram que era o fim simbólico do califado. A ONU estima que mais de 400 mil sírios morreram. Milhões se viram obrigados a abandonar suas casas e o país, inclusive cristãos que são um dos alvos do EI. Desde o início do atual conflito na Síria, cerca de 40% dos cristãos deixaram o país.

Apesar da conquista militar, a situação para os sírios, especialmente os cristãos ainda é delicada. A ideologia extremista ainda é presente através também de outros grupos terroristas. Não deixe de orar pela igreja na Síria, a sua oração continua sendo muito importante. Junte-se a nós e clame para que essa conquista represente um recomeço de paz para os cristãos sírios.

Pastor da etnia han visita cristãos ex-muçulmanos


O pastor conta como foi impactado com as histórias desses irmãos isolados, que enfrentam alta perseguição
Victor é um pastor da etnia han na China. Han é o maior grupo étnico da China, cobrindo mais de 90% da população. Ele nos conta como foi sua experiência de visitar pela primeira vez cristãos de origem muçulmana e de minorias étnicas no oeste do país com a Portas Abertas.

Umas das pessoas que encontrou foi um cristão ex-muçulmano que enfrentava grande pressão por parte da família e da comunidade local, e passava por dificuldades financeiras, pois não conseguia achar emprego. Então ele mudou para a cidade vizinha e começou seu próprio negócio, com a ajuda de irmãos da etnia han. Trabalhando juntos, esses irmãos aprofundaram o relacionamento e começaram a fazer reuniões de cristãos de origem muçulmana. A vida espiritual deles se desenvolveu e começaram a compartilhar o evangelho com os clientes.

Uma outra irmã ex-muçulmana cria seus filhos sozinha porque o marido está preso. Ela se esforça para ser uma boa testemunha de Cristo. Ela é uma discipuladora e quer começar um curso para casais, com o objetivo de pastorear irmãs casadas com maridos não-cristãos. Um dos momentos especiais da visita foi quando jogou com os filhos adolescentes de alguns líderes ex-muçulmanos da igreja. Victor pôde ouvir suas histórias e conhecer a dor que enfrentam por viver num contexto de severa restrição religiosa. Eles sentem solidão, a ausência dos pais presos e a pressão de ser bons cristãos. Após o jogo, um dos adolescentes pediu o jogo para Victor, pois gostaria de jogar também com seus outros amigos como um meio de despertá-los espiritualmente.

Enquanto jogava com os adolescentes, um outro conselheiro cristão conversava com uma mulher que por seis anos foi agredida pelo marido porque ele se opunha à sua fé em Cristo. Ela foi abandonada pelo marido, mas sem nenhum ódio ainda pôde dizer para ele: “Eu te amo, meu querido, mas eu amo Jesus também”. Como ela não negou a fé, ele decidiu se divorciar.

“A fé deles alimenta minha alma”

“Ouvir essas experiências foi muito pesado para mim. Como professor e discipulador, eu posso transmitir conhecimento bíblico para eles, mas a fé desses irmãos alimenta minha alma”, compartilha Victor. Ao voltar para casa, estava claro para ele a necessidade de intercessão contínua pelos cristãos ex-muçulmanos e também por ele como discipulador. Victor sentiu a necessidade de fazer visitas regulares para encorajar a fé desses irmãos, então decidiu se tornar um colaborador da Portas Abertas, e assim poder visitá-los e servi-los outras vezes.

Além das visitas, eles também fizeram um retiro de três dias com líderes ex-muçulmanos da igreja local e suas famílias. O objetivo era discipular, treinar e aconselhar. Foi uma surpresa para Victor perceber que eles já tinham uma boa bagagem e que discipulado era algo familiar para eles, pois recebem visitas de curto prazo de tempos em tempos.

Dentre os 97,2 milhões de cristãos na China, apenas alguns milhares são de origem muçulmana. Os que vivem no oeste do país são um dos grupos mais perseguidos, porque o governo impõe controle restrito nessa delicada região para se defender de ataques terroristas. Eles também enfrentam perseguição por parte da família, amigos e vizinhos.

Para fortalecer esses irmãos, a Portas Abertas oferece cursos relacionados à perseguição, discipulado, treinamento de liderança e material cristão. Alguns desses cursos contam com a parceria de pastores da etnia han, que têm mais liberdade para viajar para áreas remotas e se adaptam mais facilmente à cultura das minorias étnicas. Ore pelos nossos irmãos ex-muçulmanos na China e também por todo o trabalho da Portas Abertas entre eles. 

Cristãos congoleses enfrentam ataques frequentes


A cidade de Beni enfrentou repetidos incidentes de violência no final de outubro
Em 26 de outubro deste ano, radicais das Forças Democráticas Aliadas, também conhecidos como Defesa Internacional Muçulmana (ADF/MDI) invadiram o bairro Masiani da cidade congolesa Beni. Fontes locais dizem que os extremistas estavam escondidos na região, esperando a chegada da noite para atacar a população local. Porém, um soldado os descobriu e imediatamente alertou as forças de segurança. Os rebeldes imediatamente entraram em ação e atacaram a cidade. Os confrontos com os militares causaram pelo menos seis mortes (1 soldado e 5 civis).

Um missionário na região descreveu o caos que o incidente causou: "Rebeldes muçulmanos atacaram nossa casa e nossos vizinhos. Três homens armados pularam o muro e o portão do complexo onde vivemos. Um dos nossos cães latiu e eles pularam de volta, através do arame farpado. Eles são radicais islâmicos que desejam implantar a sharia (conjunto de leis islâmicas) no leste do Congo. Foi um verdadeiro campo de batalha. Bombas, tiroteio e pessoas correndo. Mais de mil pessoas fugiram da área de Beni”.

Nas primeiras horas da sexta-feira, 27 de outubro, homens armados não identificados também atacaram um hospital cristão que é sustentado por sete igrejas locais. Fontes dizem que os agressores "acordaram o diretor do hospital por volta de uma da manhã, o forçaram a deitar no chão e exigiram dinheiro”. Os homens causaram graves ferimentos em alguns enfermeiros e pacientes do hospital, mas deixaram o local assim que as forças de segurança chegaram. No começo de outubro, a cidade de Beni já havia sido atacada e muitos civis foram mortos. Acredita-se que os ataques sejam um ato de protesto contra o atual presidente, Joseph Kabila.

Ore pelos cristãos e pelas vítimas da região de Beni. Peça a proteção e a cura do Senhor na vida deles e na comunidade.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O Mistério dos Bolaines do Mar Morto 2 (HD) - Pr Juanribe Pagliarin


Novos incidentes de agressão a cristãos


Homens e mulheres são presos e agredidos por seguir a Cristo
Dois novos incidentes de agressão a cristãos aconteceram na Índia recentemente. No último dia 15 de outubro, duas mulheres (Basanti e Sangita) e três homens (Makka, Ganga e Rahul) foram agredidos brutalmente por moradores locais. O ataque foi motivado pelo fato de eles terem deixado sua religião tradicional e se convertido ao cristianismo.

Todos tiveram que receber tratamento médico. Sangita teve um corte profundo na cabeça e levou três pontos. Os moradores do vilarejo também vandalizaram a igreja e queimaram os instrumentos musicais.

O outro incidente foi em Tukupani, no distrito de Simdega Jharkhand, onde a polícia prendeu seis cristãos, acusadas de converter pessoas ao cristianismo por meios fraudulentos.

As prisões ocorreram em setembro. Um mês depois, quatro deles foram resgatados, mas dois ainda estão na prisão. Ore para que eles sejam libertados e interceda também contra toda essa onda de violência contra cristãos no país. Clame por proteção, força e sabedoria para nossos irmãos indianos.

Jovem é trancado em casa por se converter a Jesus


Harun é pressionado pela família muçulmana a voltar para o islã Em meados de agosto, ouvimos a história de Harun. Recém-convertido do cristianismo, o jovem passou pela ira e perseguição vindas de sua própria família. O pai o trancou em casa após questionar sua conversão. A mãe de Harun já havia sido expulsa de casa por se converter a Jesus e mora em outra cidade. Ela diz que está surpreendentemente bem com sua nova fé e assumiu a responsabilidade de pagar a escola de Harun, que seu pai se negou a continuar pagando, por causa de sua conversão. Ela ainda perguntou se Harun queria morar com ela, mas o jovem disse que preferia ficar com pai, apesar da hostilidade dele para com o evangelho. “Quer ser benção para o meu pai e, assim, ele pode acreditar em Isa (Jesus)”, afirma o jovem. O pai de Harun continua a pressioná-lo a voltar para o islã. “Um muçulmano é muçulmano. Você não pode acreditar em Isa!”, esbraveja. Apesar de cansado com a pressão diária de seu pai, Harun está crescendo forte em sua fé, determinado a ser uma testemunha de Jesus. Nessa semana, o pai o liberou para voltar à escola e Harun já está feliz por essa decisão do pai, tendo isso como resposta de oração a Cristo e como o mover de Deus no coração do pai. Em certos lugares na Indonésia, deixar o islã e converter-se ao cristianismo pode levar a uma sentença de morte. Portanto, esses novos convertidos declararão que ainda são muçulmanos, embora acreditem em Jesus. Eles continuarão a usar o véu, manter o islã em sua identidade ou ir para a mesquita, até estarem prontos e espiritualmente fortes o suficiente para revelar suas verdadeiras crenças. Pedidos de oração Peça a Deus para que as pressões sobre Haran diminuam e que ele possa continuar em casa, demonstrando o amor de Deus à sua família Ore para que ele continue forte e fiel a Jesus. E que o Espírito Santo mostre maneiras de responder às pressões e questionamentos de sua família, sem comprometer sua fé. Harun está sendo acompanhado por um discipulador, que teve de manter distância por questões de segurança. Ore por essa situação.

Ore por irmã abatida diante da perseguição


Esposa de um dos pastores que ficaram 15 dias presos em abril teme novas retaliações
Em abril deste ano, quatro pastores de uma igreja subterrânea foram presos em um país da Ásia Central. Eles ficaram na prisão por quinze dias, durante os quais não se teve notícias deles nem oportunidade de vê-los. Um deles escapou e se escondeu, sem que pudesse ser encontrado. Um outro, chamado Mahmut*, foi ameaçado e depois liberado. Ele foi considerado um “caso fácil” entre os quatro.

A esposa de Mahmut*, a cristã Zania*, está muito desgastada diante de todas as pressões que eles têm suportado nos últimos meses, sempre esperando o momento em que “vão bater à sua porta”. Ou seja, vivendo nessa situação de insegurança, sabendo que correm o risco de ser presos novamente. Zania quase tentou suicídio alguns meses atrás e há relatos de que ela está extremamente abalada. Ela precisa de ajuda. Você pode orar por essa irmã, por sua situação emocional e espiritual. Clame por segurança e paz para a família do pastor Mahmut.

Os outros dois pastores foram gravemente agredidos durante a prisão e mantidos em condições sub-humanas. Eles não podiam nem ficar de pé, porque o teto da cela era muito baixo, com cerca de 1,3 a 1,5 metros. No solo havia uma substância química. Eles foram forçados a negar Jesus e depois liberados. Ambos estão profundamente debilitados espiritualmente. Ore também por esses dois pastores, assim como pelo que conseguiu escapar.

Pedidos de oração

Interceda pela vida de Zania, para que o Senhor a envolva em seus braços de amor e ela se sinta amparada, fortalecida e cuidada por ele.
Clame por paz e equilíbrio emocional, para que Zania possa cuidar de seus três filhos.
Ore pelos quatro pastores que foram presos, para que sejam restaurados pelo Senhor.
Peça por proteção e segurança para essas famílias e por todas as famílias cristãs da região. 

Relato de batismo de uma igreja secreta no Sul da Ásia


Evento em dia chuvoso foi provisão de Deus para evitar olhares curiosos de vizinhos muçulmanos Uma equipe internacional da Portas Abertas foi fazer uma visita de campo a certo país fechado ao evangelho no Sul da Ásia. Ali, colaboradores teriam o grande privilégio de participar do batismo de alguns novos convertidos da igreja secreta. Um dia antes do evento, um líder orava: “Senhor, faça com que o tempo esteja bom para que possamos visitar nossos irmãos e irmãs que serão batizados. Leve-nos em segurança”, e todos os outros disseram “amém”. A reunião, a ser realizada numa pequena igreja, contaria com mais de trinta cristãos ex-muçulmanos. Seria um marco na jornada espiritual deles. A equipe foi advertida a não chamar atenção, porque “o simples fato de levar esses irmãos à igreja era ilegal e o pastor corria o risco de ser preso por isso”, avisou um dos líderes da igreja local. Quando chegou o dia do batismo, o bom tempo pelo qual haviam orado não veio. Ao invés disso, houve uma incessante chuva forte desde a manhã, formando muitas poças de lama no chão. “Saímos da van, passamos pela chuva e chegamos ao local do batismo em dois pequenos grupos para não chamar a atenção”, diz um dos participantes. Ele compartilha: “Quando sentamos, nosso coordenador local disse: ‘É bom que esteja chovendo’”. Com a chuva, não haveria muitos olhos curiosos de vizinhos muçulmanos do lado de fora. “Oramos por tempo bom, mas Deus nos deu chuva por um propósito maior: segurança”, conclui. Refugiados são inseridos ao corpo de Cristo Nos 45 minutos seguintes, homens, mulheres e crianças encheram a igreja. Eram pessoas que foram rejeitadas por seu próprio país por pertencer a uma minoria étnica e religiosa. Por causa disso, alguns anos atrás eles cruzaram o mar para o país vizinho em busca de uma vida melhor. Na nova terra, o governo não os aceitou totalmente e até hoje têm que se virar com a vida num campo de refugiados, com limitada infraestrutura básica, como eletricidade e água limpa. Quando alguns deles se converteram a Cristo, novamente foram rejeitados por sua comunidade. Mas Jesus não os rejeita, ele os quer. E, naquele dia, conforme desciam às águas do batismo, os novos convertidos finalmente entenderam que pertenciam a uma família espiritual que os ama e acolhe, e está comprometida em estimular sua fé e seu bem-estar. “Agora vocês fazem parte de uma nova família, o corpo de Cristo”, afirmou o pastor antes de eles tomarem a ceia pela primeira vez. “Depois do culto, voltamos para o carro debaixo da chuva com a certeza de que Deus tinha ouvido nossa oração no dia anterior, mesmo tendo ‘negligenciado’ nossa oração por tempo bom. Entendemos que ele tinha um propósito maior, de proteger seus preciosos filhos”, afirma um dos participantes da equipe. Pedidos de oração Louve a Deus por esse grupo de ex-muçulmanos que se batizou Ore para que permaneçam firmados no amor de Jesus, seguros de sua identidade como filhos de Deus. Agradeça a Deus pela coragem do pastor local que os acolheu e batizou. Clame para que a igreja cresça e seja fortalecida entre este grupo étnico-religioso.

Igrejas estatais veem com bons olhos nova lei de religião


Alguns líderes religiosos e analistas acham que a nova lei pode significar mais restrições para os cristãos
Mês passado, a China aprovou novas regulações sobre assuntos religiosos, que devem vigorar a partir de 1 de fevereiro de 2018. Essas novas regulações são vistas positivamente pelas duas organizações (o Conselho Cristão da China e o Movimento Patriótico das Três Autonomias) que compõem a igreja sancionada pelo Estado na China. Juntas elas formam o lianghui, que afirma que as novas regulações “esclarecem o papel do cristianismo na sociedade e fortalecem suas construções”.

Em um blog de sua revista oficial, o lianghui diz que a nova lei oferece garantias para a nacionalização do cristianismo, já que seus princípios gerais são no sentido de: salvaguardar a liberdade de religião dos cidadãos, defender a harmonia religiosa e social, regular assuntos religiosos, e melhorar o nível de atividade religiosa legal”.

O artigo cita o presidente do país, Xi Jinping, que disse que “os grupos religiosos são uma ponte que conecta o Partido e o governo com as figuras da comunidade religiosa e suas massas religiosas”. Em seu discurso no congresso do Partido Comunista na última quarta-feira (18 de outubro), Xi Jinping reiterou a importância do nacionalismo chinês (ou sinicização). Ele disse que o governo apoia “o princípio de que as religiões na China devem ter uma orientação chinesa” e também providencia orientação “para que as religiões possam se adaptar à sociedade socialista”.

Opiniões sobre nova lei divergem

Nos últimos meses, líderes da igreja chinesa manifestaram diferentes perspectivas sobre as novas regulações. Alguns disseram que o foco é inibir o aumento do extremismo islâmico e que não afetará muito os cristãos. Para outros, as autoridades relutam em impor regulações sobre as igrejas por medo de criar conflito e instabilidade.

Mas alguns veem nas regulações um estreitamento das restrições, principalmente no que diz respeito ao trabalho com jovens e estudantes. Eles também acham que às vezes as autoridades locais deliberam punições para evitarem ser criticados por seus superiores.

O analista da Portas Abertas Thomas Muller disse que a nova lei faz parte de uma tentativa do governo de nacionalizar todo aspecto da vida chinesa, seja na cultura, na mídia ou religião. “O fato de que o Estado não apenas depende de confiabilidade política, mas também de credibilidade religiosa, é um forte sinal de que se torna cada vez mais totalitário sob o pretexto de benevolência, proteção e patriotismo”, afirma.

O professor associado da Univerdade de New Hampshire, Lawrence Reardon, diz que “para controlar os fiéis religiosos, o presidente continuará a fortalecer o controle do Partido sobre as religiões não-governamentais”. Muller conclui: “As implicações para a igreja chinesa estão por vir, e pode ser que essas leis se desenvolvam em novas regulações que afetem mais a igreja. A liberdade em todos os setores da sociedade tem encolhido desde que Xi Jinping assumiu o poder”. 

Como Deus ajudou Thao Apao*, do Vietnã, a perdoar


Ele não negou a fé e perdoou o irmão que tanto sofrimento infligiu a ele e sua família
Thao Apao é um homem da etnia Hmong que se converteu a Cristo em abril de 2016 através da ajuda de Vang Atu*, o primeiro convertido de sua aldeia. Ele decidiu render sua vida a Jesus e segui-lo a qualquer preço.

Um dia depois de aceitar Jesus, ele, seu filho e nora foram a uma reunião de oração na casa de Vang Atu pela manhã. No caminho, pararam na casa do irmão mais novo de Thao Apao para convidá-lo para a reunião. Ele recusou o convite, mas ficou furioso ao saber que os três haviam se voltado contra suas crenças animistas, entregando-se a Cristo. Isso o levou a denunciá-los às autoridades locais.

Ao voltar para casa, Thao Apao encontrou os moradores da tribo e autoridades esperando por ele, prontos para atacá-lo. Sob o comando de seu irmão, eles o amarraram com uma corda, com a qual também o açoitaram seis vezes. “Depois de me baterem, eles me levaram para o centro cultural e me forçaram a assinar um papel. Mas no meio do grupo, uma mulher que eu não conhecia e estava atrás de mim puxou meu braço e sussurrou: ‘Não perca sua esperança em Jesus’”, conta o cristão.

A ajuda de outros cristãos fez a diferença

Isso o encorajou a não assinar o documento negando sua fé em Jesus. O secretário do vilarejo o ameaçou dizendo que se ele não assinasse, seria levado a autoridades mais altas e expulso de sua tribo. Ao que nosso irmão respondeu: “Eu nunca negarei minha fé em Jesus, porque ele é a minha salvação e já me redimiu”.

Depois desse episódio, todos os dias Thao Apao e sua família eram insultados e zombados por parentes e vizinhos. Chegou ao ponto de seu irmão abusar de sua nora. “Ele fez isso porque queria que nós ficássemos com raiva dele e revidássemos. Mas meu filho, minha nora e eu não revidamos. Nós o perdoamos e decidimos abandonar nosso vilarejo”, diz o cristão com os olhos marejados.

Semanas depois do incidente, eles ouviram falar de uma igreja na região central do Vietnã que poderia ajudá-los. Foi então que Thao Apao, esposa e quatro filhos (inclusive o mais velho, casado, cuja esposa havia sido violentada) se mudaram para essa província, junto com a família de Vang Atu. O pastor dessa igreja os conectou à Portas Abertas e, em julho deste ano, pudemos providenciar casas para ambas as famílias no vilarejo do Pastor Trang*.

*Nomes alterados por motivos de segurança

Pedidos de oração

Ore por Thao Apao, seu filho e nora. Que seu coração perdoador inspire a muitos.
Peça pela salvação do irmão dele, que ele tenha um encontro com o Senhor Jesus.
Agradeça a Deus pela comunidade do Pastor Trang, que os acolheu. Que eles sejam recompensados por isso.
Ore pela igreja no Vietnã, que seja fortalecida com uma fé que ultrapassa barreiras. 

Cerca de 130 sudanesas cometem suicídio em um dia diante da ameaça de estupro.

"Nossos corpos estão sendo usados como ferramenta e arma de guerra", declarou a diretora regional da Iniciativa Estratégica para M...