sábado, 2 de junho de 2012

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Pr. Cleverson de Abreu Faria


Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos,  4e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas”. (2Tm 4.3,4)


A organização chamada de Testemunhas de Jeová é um grupo de pessoas, uma seita, que trabalha mediante a persuasão do indivíduo e não com a verdade. Sua forma de crescimento é através de proselitismo entre as igrejas evangélicas e por meio da venda de materiais didáticos. Tem a sua própria Bíblia, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras.Sagradas. O local de suas reuniões chama-se Salões do Reino.



I.              I.              HISTÓRIA E FUNDADOR


A seita das Testemunhas de Jeová foi fundada pelo americano Charles Taze Russell, em 1872. Ele nasceu em 15 de  Fevereiro de 1852, e era filho de Joseph L. e Anna Eliza Russell, faleceu em 31 de outubro de 1916.

Russell teve ensinamentos religiosos em uma Igreja Congregacional; tinha grande dificuldade de aceitar a doutrina da condenação eterna ao inferno e, em seus estudos, veio a anular não apenas a punição eterna, mas também a Trindade, a deidade de Cristo e o Espírito Santo. Por causa disso, se sentiu atraído para com a doutrina adventista. Considerava os principais líderes do adventismo como seus mestres em assuntos religiosos. Mais tarde, ele abandonou o adventismo e em 1870, com a idade de 18 anos, Russell organizou uma classe bíblica em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA, da qual, em 1876, elegeu-se seu “pastor”, para estudar a Bíblia. Descobriu então que todas as igrejas eram falsas e que todas as suas doutrinas eram antibíblicas. Para ele, o cristianismo não era representado por nenhuma das igrejas existentes, pois estas cederam à apostasia e se desviaram, corrompendo-se com doutrinas pagãs, como a imortalidade da alma, a Trindade, o inferno, entre outras. Acreditava que agora, por meio dele, Deus estava restabelecendo o cristianismo primitivo.

Em 1879, ele procurou popularizar as suas idéias e doutrinas aberrantes. Ele co-publicou a revista "The Herald of the Morning" com seu fundador, N. H. Barbour e, em 1884, Russell tomou o controle da publicação dando-lhe o novo nome de "The Watchtower Announcing Jehovah's Kingdom" (A Sentinela Anuncia o Reino de Jeová), e fundou a "Zion's Watch Tower Tract Society", agora conhecida como "Watch Tower Bible and Tract Society", Sociedade Bíblica Torre de Vigia. Antes do registro do movimento o grupo era chamado de Aurora do Milênio e depois de Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia. A primeira edição da revista Sentinela tinha somente 6.000 cópias por mês. Hoje o complexo publicitário das Testemunhas, no Brooklyn, Nova York, imprime mais 100.000 livros e  800.000 cópias de duas revistas -- diariamente!

A organização Zion’s Watch Tower Tract Society, em 1886 publicou o primeiro de uma série de livros, cujo autor dos primeiros seis foi o próprio Russel. Hoje estes livros têm o nome de Estudos das Escrituras, mas tinham como nome original: Aurora do Milênio. Veja o que ele próprio declarou na revista Watctower, de setembro de 1910, p. 298:

Os seis tomos de Estudos das Escrituras constituem praticamente a Bíblia. Não são meramente um comentário acerca da Bíblia, mas praticamente a própria Bíblia... Não se pode descobrir o plano divino estudando a Bíblia. Se Alguém coloca de lado os Estudos, mesmo depois de familiarizar-se com eles e se dirige apenas à. Bíblia, dentro de dois anos volta às trevas. Ao contrário, se lê os Estudos das Escrituras com as suas citações, ainda que não tenha lido sequer uma página da Bíblia, ao cabo de dois anos estará na luz”.[1][1]

Após a morte de Russell, o próximo presidente da Sociedade veio a ser Franklin Joseph Rutherford, até 1942. Após ele, Nathan Knorr (sob sua jurisdição publicou-se a sua Bíblia particular e institui-se a copyright no lugar do nome dos autores em suas publicações, até 1977), Frederick Franz, foi um dos cinco tradutores da Tradução do Novo Mundo, juntamente com Knorr. até 1992.

Eram chamadas inicialmente de “russelitas” e “rutherforditas”. Em 1931, porém, Rutherford adotou a mudança para “Testemunhas de Jeová” (TJ).

A sede mundial fica em Brooklin, Nova Iorque, EUA. Aqui no Brasil, situa-se em Cesário Lange, em São Paulo.

Seu atual presidente chama-se: Milton G. Henschel. Há cerca de 5 milhões de TJ no mundo (500.000 no Brasil, aproximadamente). Em alguns países europeus, depois do catolicismo romano, as TJ são o maior grupo religioso e, em alguns casos, ultrapassando o número de todos os evangélicos reunidos, como é o caso da Espanha, Itália, Polônia etc.


1. No Brasil


Seu início aqui foi em 1920. A Sociedade condena às Forças Armadas e proíbe seus membros de exercerem o serviço militar, porém, por incrível que pareça e ironia do destino, seu início no Brasil teve como primeiros membros oito marinheiros, segundo eles mesmos contam.

A sede fica em Cesário Lange, interior de São Paulo, onde existe um complexo gráfico e administrativo. O local abriga 850 funcionários que são chamados de voluntários, sendo que estes não podem ter filhos. O diretor e editor dos periódicos da Sociedade no Brasil chama-se: Augusto dos Santos Machado Filho.

2. Falsas Predições


Em 1974, Russell passou então a pregar a “volta invisível” de Cristo e que, quarenta anos depois, ou seja, em 1914, as instituições políticas e religiosas seriam destruídas, os judeus seriam repatriados e o Milênio seria implantado na terra. Como todos sabemos, tal ano chegou e passou e a tal profecia não se cumpriu. Russell remarcou a data para 1915, depois para 1918. Não teve tempo de presenciar outro fracasso, pois morreu em 1916, no Texas.

Seus sucessores também marcaram datas para a vinda do Armagedom. Joseph Rutherford profetizou que em 1925 Abraão, Isaque e Jacó seriam ressuscitados para serem “príncipes” na terra. Mesmo não ocorrendo a ressurreição, mandou construir em 1929, em San Diego, na Califórnia, uma mansão chamada “Casa dos Príncipes” (Beth Sarin). Ele vivia na mansão enquanto os “príncipes” não ressuscitavam.

Na presidência de Nathan Knorr foi previsto o Armagedom para 1975.

Frederick Franz, o quarto presidente, sutilmente apontou o Armagedom para o início da década de 1980, depois para 1994 o Armagedom.


3. Corpo Governante


Tentando basear em uma interpretação errônea de Mateus 24.45-47`e Lc 12.42, as TJ ensinam que Jesus profetizou a existência de uma classe chamada “escravo fiel e discreto” (servo fiel e prudente). Esta classe teria como porta-voz outro grupo conhecido como Corpo Governante, que vive na sede mundial, composto por cerca de 10 homens, estes são os “ungidos”. Sua tarefa é interpretar a Bíblia para as TJ, que não podem contrariar suas interpretações. São eles que ditam as regras e as doutrinas da seita. Também são eles que promovem as mudanças na doutrina. Tudo o que o Corpo Governante ensinar deve ser recebido como a vontade de Jeová para a organização. De acordo com o Corpo Governante, “meramente ter a Palavra de Deus e lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da vida” (A Sentinela, 01/12/1991, p.19); por isso existem outras publicações como A Sentinela, Despertai!, Raciocínios à base das Escrituras, Conhecimento que conduz à vida eterna etc. De um lado as TJ dizem que essas literaturas não podem substituir a Bíblia; por outro lado crêem que podem substituí-la. A dependência do Corpo Governante revela-se através da seguinte declaração: “A menos que estejamos com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada na vida, não importa quanto leiamos a Bíblia” (A Sentinela, 01/08/1982, p. 27).

O Corpo Governante vive mudando de idéias. Dizem que a revelação de Deus é progressiva e por isso, eles recebem tal conhecimento progressivamente. As “verdades” de hoje são as mentiras de amanhã.


4. Sua Literatura


Encontramos inúmeros livros e folhetos editados pelas TJ, porém dentre eles, os mais importantes são:[2][2]
4.1        4.1        Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, a Bíblia de edição particular das Testemunhas de Jeová.
4.2        4.2        Estudo das Escrituras, que é a base das suas doutrinas, sendo os seis primeiros volumes escritos por Russell. Este afirmou que não seria errado chamar esses seis volumes de “Bíblia em forma ordenada”; esses volumes não seriam apenas comentários bíblicos, seriam a própria Bíblia. Afirmou ainda que ao estudarem a Bíblia apenas, as pessoas não poderiam discernir o plano divino, pois se estudar só a Bíblia, as pessoas ficam nas trevas. O sétimo volume foi uma compilação dos escritos dele, publicado em 1917, após sua morte. Este último volume provocou a divisão da organização em dois grupos. O grupo menos passou a chamar-se auroristas e o grupo maior ficou sob a liderança de Rutherford e veio a ser conhecido em 1931 pelo nome de Testemunhas de Jeová.
4.3        4.3        Seja Deus Verdadeiro, que contém grande parte de seus falsos ensinos.
4.4        4.4        A Verdade que Conduz a Vida Eterna, livreto publicado em quase 100 idiomas, já tendo sido impressos mais de 70.000.000 de exemplares. Este é o livro usado para estudos nas residências.
4.5        4.5        A Sentinela, que começou com uma publicação de 6.000 exemplares em julho de 1879 e tem atualmente uma tiragem quinzenal de 15.000.000 de exemplares em 111 línguas.
4.6        4.6        Despertai, outro periódico da seita que possui uma tiragem quinzenal de 13.000.000 de exemplares.


5. Seus Métodos


As TJ são ensinadas no Salão do Reino, nome dado ao local de suas reuniões. Acham que Igreja e Templo são coisas do Diabo. Neste local são doutrinas através dos “estudos bíblicos” semanais, que de bíblicos geralmente não tem nada, pois apenas é lido um único versículo da Bíblia (quando isto é feito) e o restante do tempo é ministrado os ensinos anticristãos da revista Sentinela e Despertai, saturando seus convertidos com suas doutrinas. O livro Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra é o dito manual para ingresso na organização.

Eles formam duplas e visitam casa por casa a fim de “oferecer” suas publicações e realizarem estudos bíblicos. Ensinam que serão perseguidos quando forem de porta em porta ensinar as suas falsas doutrinas e que, quando alguém os contrariar ou divergir deles, eles serão justificados por serem TJ. Afirmam ser a única organização verdadeira na terra (assim como todas as seitas afirmam!). São fortemente encorajados a terem amigos e a realizarem negócios apenas com pessoas dentro da organização, o que mantém as pessoas e idéias longe do exame externo.

Ensinam a evitar e manter contatos com aqueles que deixaram o grupo, para com isso não serem questionados sobre o porquê da sua saída.

São  três os temores básicos de uma Testemunha de Jeová: Medo do Armagedom, de não ser ressuscitada (acreditam que não haverá ressurreição para os iníquos) e de ser desassociada. A desassociação é o mais alto grau que uma Testemunha de Jeová pode sofrer”.[3][3]



II.           II.           DOUTRINAS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

 

Ao longo dos tempos as Testemunhas de Jeová elaboraram um emaranhado de doutrinas e formas para sustentar tais doutrinas. A única forma de sustentar essas doutrinas é fazer exatamente como eles fazem, tirar os versículos de seu contexto e usar a bíblia espúria deles. Primeiramente eles negam as três doutrinas cardeais da verdadeira Palavra de Deus: Jesus Cristo é Deus em carne; Jesus Cristo ressuscitou da morte no mesmo corpo que morreu; a Salvação é pela Graça por meio da Fé.


1. Trindade


Esta é uma doutrina por demais difícil de aceitar para uma Testemunha de Jeová. Talvez seja a que mais apresenta dificuldade para eles aceitarem. Eles negam a doutrina da Trindade, alegam que esta é de origem pagã e também que a palavra não se encontra na Bíblia. Argumentam que a Trindade provém das comunidades pagãs, alegando que os egípcios, babilônios, hindus e outros povos eram trinitarianistas. Para eles é uma palavra de caráter teológico que foi dada à Divindade no final do segundo século por Tertuliano. Apelam para o uso da razão, dizendo que dizer que a Trindade simplesmente é um mistério não satisfaz a razão humana.

REFUTAÇÃO BÍBLICA: A Trindade é a união de Três Pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, em uma só Divindade, sendo iguais, eternos, da mesma substância, embora distintas, sendo Deus cada uma dessas Pessoas (Mt 28.19; 1Co 12.4-6;  2Co 13.13; Ef 4.4-6). A Trindade também foi revelada no Antigo Testamento (Gn 1.26; Jó 33.4; Gn 3.22; Js 6.8). Cada uma das Três Pessoas é Deus: o Pai é Deus (Jo 17.3; Ef 4.6); o Filho é Deus (Jo l.1; Rm 9.5); o Espírito Santo é Deus (At 5.3-4; 7.5 1). Cada um é onipotente: o Pai é onipotente (2Cr 20.6; Js 14.27); o Filho é onipotente (Mt 28.18; Fp 3.21; Ap 1.8; 3.7); o Espírito Santo é onipotente (Lc 1.35). Cada um é onipresente: o Pai é onipresente (Am 9.2,3); o Filho é onipresente (Mt 18.20;  1Co 3.16); o Espírito Santo é onipresente (Sl 139.7; 1Co 3.16). 

1.1    1.1    Deus

Apenas Jeová é o Deus verdadeiro, os demais nomes de Deus são apenas títulos, porém, Ele não é onipresente, ou seja, não está em vários lugares ao mesmo tempo porque é uma pessoa, possui um corpo de forma específica, que precisa de um lugar para habitar, portanto, Ele está confinado ao céu. A fim de exercer o seu comando sobre o universo, Ele usa seu poder, o seu “Espírito Santo”, que na verdade, é a sua “Força Ativa”. Para eles, a onisciência de Jeová é seletiva, ou seja, Jeová não sabe o futuro de todas as coisas, a não ser que o queira. Tentam explicar isso da seguinte forma: um rádio pode captar qualquer onda, porém, torna-se necessário sintonizá-lo na estação certa. Assim, se Jeová quiser saber se alguém será fiel a ele ou não, deverá “sintonizar” na “estação” desta pessoa.

1.2    1.2    Jesus Cristo

Para eles Jesus Cristo era um deus, mas não o Deus Todo-Poderoso. Dizem que Jesus Cristo não pode ser Deus por existir coisas que Ele não sabe (Mt 24.36). Eles chegam a conclusão de que se Jesus Cristo era inferior ao Pai, logo não pode ser Deus (Jo 14.28). Deus nunca fora visto por homem algum, Jesus Cristo o foi, logo, não pode ser Deus (Jo 1.18; Ex 33.20). Como o Filho pode ser Deus, se a Bíblia declara que Deus é Cabeça sobre Cristo (1Co 11.3)? Alegam que o próprio Filho se sujeitará ao Pai na eternidade (1Co 15.28). Como Jesus Cristo pode ser chamado de Deus se Ele é chamado de “o primogênito de toda criação de Deus”? Portanto, Ele não é eterno, mas uma criatura e sendo criatura não é Deus (Ap 3.14). Ele não pode ser Deus porque disse que ninguém é bom senão o Pai (Lc 18.19). Jesus é distinto do Pai, portanto não pode ser Deus (Jo 17.3). Negam que Jesus Cristo tenha o poder para fazer a expiação de nossos pecados. Também negam a ressurreição corpórea de Cristo e a Sua vinda visível. Recebeu o nome de Miguel e o de Arcanjo.

1.3 Espírito Santo

Eles negam totalmente a Divindade e a Personalidade do Espírito Santo. Para eles, o Espírito Santo é tão-somente uma “força ativa” do Deus Todo-Poderoso, o qual move os seus servos a realizar os seus propósitos e a executar a sua vontade. Dizem que o Espírito Santo é apenas uma influência ou uma emanação de Deus, e pode ser recebido apenas dentro da comunidade da Organização STV. Argumentam que não é possível que o Espírito Santo seja uma Pessoa e ao mesmo tempo alguém ser cheio dele (At 2.4). Alegam o seguinte fato: João Batista, disse que Jesus Cristo batizava com o Espírito Santo, e ele mesmo, batizava com água. Portanto, assim como a água não é pessoa, tampouco o Espírito Santo é Pessoa. Argumentam que personalizar não significa personalidade, para isso citam passagens dizendo que a sabedoria é personificada, mas não é pessoa (Pv 1.20; Mt 11.19; Lc 7.35).


2. Imortalidade da Alma


A crença TJ assemelha-se a crença Adventista, dizendo que a alma deixa de existir até que ocorra a ressurreição. Acreditam que a morte é simplesmente um período em que o indivíduo se encontra sob absoluta inexistência. A alma humana é semelhante a alma dos animais e ambas podem ser destruídas. É ensinado por eles que os maus terão uma outra oportunidade para receber a Cristo durante o milênio e depois disso, os maus, serão finalmente, destruídos e aniquilados. Alegam que a alma está no sangue (Gn 9.3,4; Lv 3.17; Dt 12.23-35; At 15.28,29).
REFUTAÇÃO BÍBLICA: A alma como expressão psíquica: sede de apetite físico (Nm 21.5; Dt 12.20; Ec 2.24); origem das emoções (Jó 30.25; Is 1.14; Sl 86.4; Ct 1.7); associada a vontade moral (Dt 4.29; Jo 7.15; Gn 49.6); a alma como a vida (Gn 2.7); a Bíblia distingue espírito, alma e corpo (Jó 12.10); a alma como alma (Mt 10.28). A alma após a morte segundo Paulo (Fp 1.23; 2Co 5.1,2; 6,8). A alma não é extinta na morte (1Rs 17.21,22). Na morte não há separação do corpo e da alma (Gn 25.8; 35.18; 49.33; Ec 12.7; Lc 16.22,23; 2Pe 1.13,14). A alma não morre porque Deus é Deus de vivos e não de mortos (Mc 12.26,27).

3. Salvação


As TJ dizem que o sacrifício de Cristo não nos garante a vida eterna, mas sim, nos propicia uma nova oportunidade diante de Deus. Dizem que o resgate efetuado por Cristo na cruz não tem sentido salvífico, mas serviu apenas de exemplo. Jesus Cristo expiou apenas o pecado de Adão e retirou a pena da morte, para que todo e qualquer homem pudesse ter então uma nova oportunidade durante o milênio. Crêem na salvação através das obras, e estas são o de assistir as reuniões no Salão do Reino e expandir a seita. “O que se perdeu foi a vida humana perfeita, com seus direitos e perspectivas terrestres. Aquilo que foi resgatado é o que foi perdido, a saber, a vida humana perfeita, com seus direitos e perspectivas terrestres”.[4][4] Aqueles que crêem em Cristo tem a vida eterna somente no futuro.

REFUTAÇÃO BÍBLICA: O homem deve se reconciliar com Deus (Rm 5.10,11; 2Co 5.18; Cl 1.20). A morte de Cristo é fator primordial no plano salvífico de Deus (Rm 8.34; 2Tm 1.10; Hb 2.14; 5.9). Salvação é passar da morte para vida (Jo 5.24). É ter vida eterna (Lc 19.9,10; 1Jo 5.11-13). É nascer de novo (Jo 3.3-6; 2Co 5.17; Ef 4.24). É ir para os céus após a morte (Jo 14.3; 17.24). A salvação está ao alcance de todo aquele que se arrepende de seus pecados e crê em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Jo 3.16; At 16.31; Rm 10.9,10).


4. Inferno


As TJ acreditam que o inferno seja a sepultura, o túmulo, portanto, a morte física. Para eles, o inferno, o lugar de suplício eterno onde os ímpios serão atormentados para sempre, não existe. Os ímpios terão uma nova oportunidade durante o milênio e aqueles que não a aceitarem serão aniquilados, destruídos para sempre. “A doutrina dum inferno ardente onde os ímpios depois da morte são torturados para sempre não pode ser verdadeira, principalmente por quatro razões: (1) Porque está inteiramente fora das Escrituras; (2) porque é irracional; (3) porque é contrária ao amor de Deus; e (4) porque é repugnante à justiça. Daí vê-se claramente que o inferno ou xeol ou hades significa a sepultura, o túmulo, a condição a que todos, bons e maus, chegam, à espera do dia da ressurreição; enquanto que geena é a condição de destruição a que o Diabo, seus demônios e todos os opositores do Governo Teocrático de Jeová Deus chegarão, condição essa que não há recobro ou ressurreição”.[5][5]

REFUTAÇÃO BÍBLICA: As Escrituras ensinam claramente a existência de um castigo eterno para aqueles que não crêem em Deus (Mt 8.11,12; 13.42; 22.13; Lc 13.24-28; 16.19-31; 2Pe 2.17; Jd 13; Ap 14.9-11; 19.20; 20.10-15). O inferno é um lugar preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41; 2Pe 2.4; Ap 20.1-3). É um lugar de castigo eterno (Sl 9.17; Mt 5.22; 8.12; 18.8; Lc 16.25,28; 2Ts 1.9; Ap 19.20; 20.15; 21.8). Não haverá uma segunda chance depois da morte (Lc 16.19-31; Jo 5.29; 2Co 5.10; Hb 9.27,28). Deus não tem o homem por inocente (Na 1.3). Tudo o que o homem plantar, colherá (Gl 6.7).


5. Transfusão de Sangue


As TJ acreditam que a alma é o sangue por isso não admitem a transfusão de sangue, alegando que não se pode passar a alma para outra pessoa, pois a pessoa estaria desobedecendo ao mandamento de amar a Deus com toda a alma. Sua crença é baseada em versículos que não tem a ver com transfusão, mas sim, com o comer sangue (Gn 9.4; Lv 17.10-16; At 15.20-29).  O Conselho Federal de Medicina baixou a resolução CFM no 1021/80, com a seguinte conclusão: 1) se não houver perigo iminente de vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou de seus responsáveis. 2) se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue, independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis.


6. A Profecia de 1914


Este é um ano muito fatídico para as TJ. Em 1914, invisível aos olhos humanos ocorreu a segunda vinda (presença) de Cristo no reino. Cristo, na sua volta em 1914, investido do poder do reino, encontrou uma classe de “escravo fiel e discreto” que provia alimento; composta dos remanescentes dos seus 144 mil irmãos. Desde 1914, milhões de pessoas tem aceitado o “alimento” que eles provem e, junto com eles, tem iniciado em particular a verdadeira religião. A geração que vivia em 1914 e tinha idade suficiente para perceber os eventos que ocorreram naquele ano não morrerão até que vejam a mudança do atual sistema de coisas. O ano de 1914 marcou o inicio das “últimas coisas“ ou os tempos do fim de que fala a profecia bíblica (2Tm 3.3; Dn 11.40); um período limitado de tempo com um início definido e um fim definido. Três anos e meio depois de 1914, isto é, em 1918, se deu a primeira ressurreição dos cristãos que estavam dormindo desde o pentecostes, e que daí passaram a reinar com Cristo no céu. Desde 1914 ate o final “a colheita“ está em progresso, resultando disso que a humanidade está sendo dividida em duas classes: “as ovelhas” e os “cabritos” com salvação ou destruição no armagedom. O ano de 1914 marcou o “fim dos tempos dos gentios” ou o “tempo designado das nações” de que falou Jesus (Lc 21.24). Russell fez a incrível predição do retorno de Cristo em 1914 (registrado em sua obra “Estudo das Escrituras, 2o Vol., p.245).

REFUTAÇÃO BÍBLICA: Cristo não veio de modo invisível nesta data proposta e nem virá deste modo em qualquer outra data; virá corporalmente; todo olho O verá; ninguém sabe o dia nem a hora (Mt 3.2; Lc 17.21; At 7.56; 1.6,11; 1Co 15.50-52; 1Ts 4.13-18; Mt 24.30; Zc 12.10; Am 9.11; Jl 3.12-14; Ap 19.11-21; 20.1-6).

 

 

7. Duas Classes de Testemunhas de Jeová


Russell apresentou a doutrina de que apenas 144.000 estariam aptos para irem ao céu, completando assim o chamado “rebanho de Deus”. Mas sua seita cresceu muito e então tiveram que inventar um lugar para todos:

Criou então a Classe da  “Grande Multidão”. Num Congresso realizado em Washington, 1935, Rutherford inventou esta doutrina, essa grande multidão (Ap 7.9) “seriam a classe terrestre de pessoas não geradas pelo espírito”. As principais características da grande multidão: 1) Não precisariam nascer de novo, “nenhum deles nasceu de novo”. (sentinela 01/02/1982,p.25); 2) São a maioria das TJ, “os outros que vivem hoje tem esperança terrestre e não tem necessidade de nascer demovo”; 3) Não pertencem a Cristo “os que pertencem a Cristo são 144 mil discípulos fiéis escolhidos para dominarem com ele no reino” (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra,p.l72, # 20). Assim essas pessoas ficam excluídas de participarem da santa ceia do Senhor. Estes não são filhos de Deus, mas Deus Jeová sujeitará essas criaturas aperfeiçoadas a uma prova cabal para todo o sempre. Jesus Cristo não é o mediador deles, é apenas o mediador dos cristãos ungidos (A Sentinela 15/09/1979, p.32). E finalmente, não têm direito ao céu “Rutherford afirma que a grande multidão é uma classe terrestre”.

A classe dos “ungidos”.  Os 144 mil de todas as tribos de Israel mencionados em Ap 7.4-8, são todas tidas pelo Corpo Governante como os “israelitas espirituais”. Esses são os escolhidos para viver com Cristo no reino celeste. As demais TJ viverão na terra sob o domínio de Cristo e de sua Igreja no céu.

REFUTAÇÃO BÍBLICA: A Bíblia não distingue entre salvos na eternidade (Jo 14.1-3; 1Co 15.51,52; Ap 3.21; Jo 17.24; Jo 3.16). Os 144.000 são da tribo de Israel, judeus, homens, virgens, sendo 12.000 de cada tribo. Em Ap 7.9-12 vemos diante de Deus e do Cordeiro uma multidão inumerável de pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas, no céu, sem distinção.

 

 

 

III.        III.        TRADUÇÕES ERRÔNEAS


Esta lista é apenas representativa. Ela não esgota este assunto. Apenas alguns exemplos de como as TJ “erraram” na sua tradução das Escrituras:[6][6]

Cl 1.15-17 - A palavra “outro” é inserida 4 vezes. Isto não está no original grego e nem está implícito. Esta é uma seção onde Jesus é descrito como o criador de todas as coisas. Desde que a organização das TJ acredita que Jesus é um ser criado eles inseriram a palavra “outro” para mostrar que Jesus era ates de tudo “outras” coisas, implicando que Ele também fosse um ser criado.

Existem duas palavras, no Grego, traduzidas como “outro”: heteros e allos. O primeiro significa outro de uma coisa diferente, ou seja, de natureza diferente. O segundo significa outra coisa da mesma natureza ou do mesmo tipo. Nenhum dos dois é usado nesta seção da Escritura. As TJ mudaram a Bíblia para torná-la adequada à sua teologia aberrante.

Jo 1.1 - Eles traduziram erradamente este versículo como “um deus”. Novamente, isto é porque eles negam Quem Jesus é e devem mudar a Bíblia para que Ela se torne adequada à sua teologia. A versão das TJ está assim: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era um Deus”.

Hb 1.6 - Neste verso eles traduziram a palavra Grega para adoração, proskuneo, como “reverência”. Reverência é uma palavra que significa honra, mostra respeito, até curvar-se diante de alguém. Já que, para eles, Jesus é um ser criado, então Ele não pode ser adorado. Eles tiveram de fazer isto em outros versículos a respeito de Jesus: Mt 2.2,11; Mt 14.33; Mt 28.9.

Hb 1.8 - Este é um versículo onde Deus Pai, está chamando Jesus de Deus: “Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino”. Já que as TJ não concordam com isso, de novo, eles alteraram a Bíblia para que Ela se adequasse à sua teologia. Eles traduziram o verso como: “... Deus está no seu trono...” O problema com a tradução das TJ é que esta passagem é uma citação do Sl 45.6 que, no Hebraico, só pode ser traduzido como “...O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos...” Para justificar a tradução do Novo Testamento, eles atualmente também trocaram a tradução do Antigo Testamento!

A Tradução do Novo Mundo é horrível. Ela mudou o texto para se adequar à sua própria teologia em muitos lugares.

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NOTAS DE RODAPÉ
1) INTERNET: http://www.geocities.com/Athens/Atrium/1586/tjhist.htm
2) MARTINS, Jaziel Guerreiro. Seitas, Heresias do Nosso Tempo. 2 ed. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2000, p.32,33.
3) SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995, p.66.
4) LEITE FILHO, Tácito da Gama. Seitas Proféticas: seitas do nosso tempo. Vol. 1. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, p.82.
5) SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995, p.287.
6) INTERNET: http://www.ichtus.com.br/publix/ichtus/religioes/tj

 

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BIBLIOGRAFIA


LEITE FILHO, Tácito da Gama. Seitas Proféticas: seitas do nosso tempo. Vol. 1. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985.

MARTIN, Walter. O Império das Seitas. Vol. I. Venda Nova, MG: Editora Betânia, 1992.

MARTINS, Jaziel Guerreiro. Seitas, Heresias do Nosso Tempo. 2 ed. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2000.

RINALDI, Natanael. ROMEIRO, Paulo. Desmascarando as Seitas. 4 ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.

SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995.

_________________________. Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. II. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1999.

VAN BAALEN,  Jan Karel. O Caos das Seitas: um estudo sobre os “ismos” modernos. 3 ed. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1977.






[2][2] MARTINS, Jaziel Guerreiro. Seitas, Heresias do Nosso Tempo. 2 ed. Curitiba: A. D. Santos Editora, 2000, p.32,33.
[3][3] SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995, p.66.
[4][4] LEITE FILHO, Tácito da Gama. Seitas Proféticas: seitas do nosso tempo. Vol. 1. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, p.82.

[5][5] SILVA, Esequias Soares da. Como Responder às Testemunhas de Jeová: comentário exegético e explicativo. Vol. I. 3 ed. São Paulo: Editora e Distribuidora Candeia, 1995, p.287.

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