terça-feira, 21 de março de 2017

Refúgio cristão na china acolhe mulheres nortecoreanas

Hwa-Young* trabalha na China com mulheres que fugiram da Coreia do Norte ou que foram vítimas do tráfico humano e levadas à força pela fronteira. Há cerca de 250 mulheres norte-coreanas que participam de um refúgio cristão que ela lidera. “Lidar com as norte-coreanas é muito difícil, já que elas tiveram que idolatrar a imagem de Kim Jong-un a vida toda. Quando elas começam a acreditar em Deus, existe um conflito em suas almas, pois precisam aprender a substituir o ídolo que ocupou o lugar de Jesus em seus corações”, explica.

A cristã Hwa é uma prova de que servir a Deus é mais uma questão de iniciativa do que de preparo. Ela conta que os dois primeiros anos de seu ministério com as norte-coreanas foram os mais difíceis. “Eu não tinha experiência e a cultura na China é completamente oposta ao que eu estava acostumada a viver em meu país. Eu sempre tive que viver sob pressão, nunca tive segurança alguma e devo ser cautelosa o tempo todo para não correr o risco de ser presa. Além disso, no começo eu me sentia pressionada e com saudade de casa”, compartilha.

Mas depois de superar tudo isso, ela se concentrou no trabalho com as mulheres vindas da Coreia do Norte. Ela as descreve como amedrontadas e inseguras. “Se eu lhes dou algo ou as trato com gestos amáveis, elas acham que, de alguma forma, eu me aproveitarei delas, isso porque foram criadas para conviver com o medo. Por volta dos cinco anos, elas já frequentavam a pré-escola e eram forçadas a assistir às execuções públicas. Muitas vezes, tinham que presenciar amigos ou vizinhos sendo assassinados na frente delas, e isso é muito triste”, conta Hwa.

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