quarta-feira, 12 de julho de 2017

Nigéria: Luta por terras coloca a vida de cristãos em risco


Recentemente a organização Portas Abertas recebeu informações sobre um incidente ocorrido com o líder cristão Ibrahim Maisaje, na aldeia de Panwasa Mada, que fica no estado de Nasarawa e que foi invadida por pastores fulanis (fazendeiros muçulmanos nômades). Mas o ocorrido não é um fato isolado, de acordo com Abel Dauji, outro líder da região. Segundo ele, há um ano, um cristão de Obi, cidade que fica no Estado de Benue, foi morto por peregrinos armados, enquanto armazenava madeira em sua fazenda. Joseph Kurah
---------------------------------------------------------------
O governo parece relutante em combater 
a violência contra os cristãos na região do 
Cinturão Médio causada pelos pastores de 
cabras muçulmanos hausa-fulanis.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
também era um dos líderes da igreja nigeriana e deixou uma esposa e sete filhos.

As disputas pelas terras nessas regiões do país estão servindo de pretexto para a violência intensa em áreas do Cinturão Médio (termo geográfico da região central nigeriana), onde inúmeras vidas já se perderam em conflitos armados. Muitos especialistas acreditam que as mortes nessa região já ultrapassam do número de mortes causadas pelo grupo extremista islâmico Boko Haram.

“As autoridades locais e federais não estão fazendo o suficiente para resolver o problema”, diz Dauji. Segundo ele, a maioria dos policiais são muçulmanos, além disso, muitos deles são proprietários de gado que vivem em outras regiões e que pagam os fulanis para cuidar de seus animais. Há leis que protegem os fazendeiros, mas aqueles que normalmente cuidam do gado são jovens e eles desconhecem a legislação.

“Nós encorajamos os líderes e membros de igrejas a não recorrer à violência e sempre lutar por um acordo pacífico nessas questões”, conclui Dauji.

Nenhum comentário:

Cerca de 130 sudanesas cometem suicídio em um dia diante da ameaça de estupro.

"Nossos corpos estão sendo usados como ferramenta e arma de guerra", declarou a diretora regional da Iniciativa Estratégica para M...