No local, à espera de uma oportunidade legal para chegarem ao Reino Unido, os imigrantes oriundos da Síria, Sudão e outros países, vivem em barracas de acampamento, ou em barracos improvisados com lonas. Dada a precariedade, o acampamento ganhou o apelido de “selva de Calais”.
Na última segunda-feira, 01 de fevereiro, a Polícia entrou na “selva de Calais” e demoliu uma igreja e uma mesquita, alegando que era uma atitude preventiva para evitar confrontos religiosos no local, de acordo com informações do Daily Mail.
O pastor Teferi Shuremo, que organizou a congregação e ergueu o templo, disse que havia recebido garantias das autoridades que o espaço de culto não seria incomodado. No momento que os operários usavam tratores para demolir a frágil estrutura, ele entrou em confronto com os policiais.
“Eles estão tentando destruir a paz”, disse o pastor, enquanto se apoiava em uma cruz de madeira. Shuremo garantiu que irá reerguer o templo.
Um funcionário do governo afirmou que ninguém protestou contra a demolição da mesquita, pois ela já estava abandonada, e que os imigrantes do acampamento são livres para construir outros templos, se assim quiserem.
Um órgão do governo produziu um relatório sobre as condições do acampamento em Calais, com severas críticas à forma como os imigrantes estão sendo tratados.
A situação é tão precária que o chefe de Gabinete do Serviço Europeu de Polícia comentou que nos acampamentos montados na França existem 10 mil crianças desacompanhadas, e os criticou, dizendo que “eles estão perdidos no sistema”. “Eu acho que a nossa preocupação é que nós sabemos que existem pessoas lá fora que irão explorar menores. Sabemos que existem pessoas que irão levá-los e usá-los para seus próprios fins”.
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