segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Estado Islâmico libertou 270 reféns na Síria; No Iraque, destruiu um templo cristão milenar


Uma parte significante dos civis sequestrados pelo Estado Islâmico no último final de semana na cidade de Deir Ezzor, na Síria, foi libertada, de acordo com informações do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A notícia foi tornada pública na última quarta-feira, 20 de janeiro. Entre os reféns que foram soltos, estão mulheres, crianças e idosos. Os homens adultos continuam em cativeiro.
A captura aconteceu durante uma ofensiva dos terroristas à cidade, e no confronto, aproximadamente 280 pessoas foram mortas, incluindo militares que defendiam a região. Na ocasião, o Estado Islâmico tomou o controle de uma base do exército e um depósito de armas na aldeia de Ayash, na região de Deir Ezzor, que é a sétima maior cidade do país e capital da província homônima.
Rami Abdel Rahman, coordenador do OSDH, afirmou que os extremistas islâmicos mantêm homens com idades entre 14 e 55 anos como prisioneiros para interrogatórios: “Aqueles que eles acharem que têm ligação com o governo serão punidos, e aqueles que não, têm que participar de cursos sobre a interpretação do grupo sobre o Islã”, revelou.
Segundo informações da Agência France Presse (AFP), a liberdade dos reféns é condicional, pois eles são obrigados a permanecerem em áreas controladas pelo Estado Islâmico, na região de Deir Ezzor.
Mosteiro destruído
No Iraque, o Mosteiro de São Elias – o mais antigo do país – foi destruído pelo Estado Islâmico, segundo informações do G1.
Imagens de satélite confirmaram que a construção de mais de 1.400 anos, localizada nos arredores de Mosul, foi totalmente demolida. A cidade era considerada o maior reduto de cristãos no país.
Como o local onde o mosteiro estava fica na região norte do Iraque, onde os extremistas tomaram o controle, não se sabia da demolição. No entanto, a agência de notícias Associated Press obteve acesso às imagens de satélite, e chegou-se à conclusão de que o templo foi destruído no final de
2014.
Um padre católico de Mosul lamentou o fato, e afirmou que a história cristã estava sendo “barbaramente destruída”: “Vemos isso como uma tentativa de nos expulsar do Iraque, eliminando e encerrando nossa existência nessa terra”, disse o padre Paul Thabit Habib, atualmente vivendo em Erbil, uma cidade curda.

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